Em virtude da redução das funções fisiológicas (mastigar e engolir, por exemplo) e cognitivas (memória, por exemplo), as pessoas idosas são o grupo com maior risco de desnutrição.
Também associado a esses dois fatores, temos o risco da ingestão de nutrientes abaixo da recomendação diária, que pode prejudicar o metabolismo e, todos esses fatores podem contribuir para uma saúde debilitada.
Essa ingestão diminuída pode ocorrer por muitos fatores, pensando nisso, e em nossos queridos idosos, preparamos algumas dicas para melhorar a alimentação e qualidade de vida deles.
1 – Escolha o melhor local para fazer as refeições:
O local deve ser:
- Limpo,
- Arejado,
- Bem iluminado,
- Silêncioso.
A mesa no local da refeição deve ter os cantos arredondados para evitar acidentes, deve ser firme e estar bem nivelada.
Um ambiente com decoração pode tornar o ambiente mais atrativo, mas é importante não exagerar para não tirar o foco da alimentação.
2 – Incentivar e educar o ato da higienização das mãos antes de comer:
Este ato, previne contaminações.
Além de lavar as mãos, é importante educar em relação ao tamanho das unhas, e que devem estar curtas e sempre limpas.
Caso seja necessário, devemos auxiliar em todos esses processos.
3 – Fracionar a alimentação:
De forma geral, devemos realizar em média 3 refeições principais (café da manhã, almoço e jantar) e entre estas, refeições intermediárias, totalizando entre 5 e 6 refeições por dia.
Essa divisão estimula o ato de comer, evita refeições volumosas, seguidas de grandes períodos de jejum. Além de auxiliar no estimulo do funcionamento do intestino.
Portanto, os horários devem ser ajustado de acordo com a rotina de cada pessoa.
Além do tempo e capacidade de digestão, que devem ser levada em conta, uma vez que nos idosos essa função é mais lenta.
4 – Estimular o convívio social e o compartilhamento das refeições.
Certamente fazer as refeições acompanhado pode aumentar a satisfação do ato de comer, além do compartilhamento de experiencias. Seja de familiares, amigos, conhecidos ou do próprio cuidador.
A pessoa idosa que come sozinha, não desenvolve a preocupação com o ato de se alimentar, podendo até deixar de realiza-lo com o tempo.
Caso não seja possível que todas as refeições sejam feitas juntas, ao menos uma delas deve ser feita acompanhada.
Assim é possível fortalecer a relação social e o incentivo de compartilhar refeições.
5 – Desincentivar o uso do saleiro ou açucareiro na mesa.
O consumo de sal e açúcar em excesso pode agravar doenças ou ser fator de risco para doenças como a hipertensão e dislipidemias (colesterol elevados, LDL elevados, triglicérides elevado).
Além disso, com o envelhecimento, a percepção de sabores pode estar diminuída na pessoa idosa, com isso, é comum a adição de quantidades exageradas de sal e açúcar nas refeições.
Além disso, o incentivo do uso de temperos (naturais) como: cheiro verde, salsinha, centro, cebolinha, cebola, alho, não só conferem sabor aos alimentos, como auxilia na diminuição da utilização de sal.
6 – Orientar a pessoa idosa a comer devagar, mastigando bem os alimentos.
Uma mastigação adequada garante uma maior saciedade, assim, a quantidade de alimento consumida tende a ser menor, deste modo, diminuindo a sensação de fome.
Além disso, a mastigação é o inicio da digestão, onde através da correta mastigação, é possível obter uma melhor aproveitamento dos nutrientes pelo organismo.
7 – Cuidar bem da saúde bucal, favorecendo o prazer à mesa.
A higiene bucal garante uma melhor percepção de sabores, além de melhorar a auto-estima e o convívio social.
Assim, manter o habito da escovação após as refeições e idas periódicas ao dentista, pode-se garantir a saúde bucal, além de diminuir a chances de doenças.
8 – Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições
Certamente a hidratação é fundamental para o correto funcionamento do organismo.
Pessoas idosas apresentam constantemente queixas como:
- “não sinto sede”,
- “água não tem gosto de nada”,
- “não gosto de água”.
Alias, muitas vezes o acesso a água, mesmo dentro de casa, é dificultado.
A importância do consumo de água deve ser estimulada.
Assim, algumas dicas uteis são:
- Utensílios (xícaras, copos, canecas) que não machuquem ou causem acidentes.
- Fácil acesso ao filtro de água.
- Altura tanto dos utensílios quanto do filtro adequado para o idoso.
9 – Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos
Possivelmente temperaturas muito quentes ou muito frias podem proporcionar desconforto a pessoa idosa. Isso, devido a sensibilidade térmica (que é aumentada na pessoa idosa, devido as mudanças que ocorrem na boca com o envelhecimento)
Os alimentos quentes, devem estar a uma temperatura branda para evitar queimaduras.
Os alimentos frios devem ser resfriados (a temperatura ambiente) um pouco antes do consumo para amenizar temperaturas muito geladas.
10 – Saborear refeições saudáveis
Por isso, a forma como o alimento é preparado, montado e servido, estimulam os sentidos, proporcionando prazer a e despertando vontade de realizar a refeição.
Além disso, é necessario sempre repeitar as culturas, regionalidade, condição social e acessibilidade de alimentos.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Saúde. Alimentação saudável para pessoa idosa. Brasilia: Ministério da Saúde, 2007. 38p.